Poesia Perde Vanildo Cangalha - O Poeta do Pé da Serra
A SAPECAS- Sociedade dos Poetas Escritores Compositores e Artistas de Sertania - Comunica o falecimento do Poeta Vanildo Silva - O Poeta do Pé da Serra, mais conhecido por Vanildo Cangalha. Através deste manifestamos o nosso pesar e nossas condolências aos familiares e amigos do Sítio Minas e da região dos Campos e da Serra do Jabitaca , enviando aos mesmos o nosso abraço solidário, com votos de que Deus coloque Vanildo em bom lugar e o espírito santo conforte os corações de sua família.
Com várias toadas com Letras de sua autoria , gravadas por Inácio Siqueira, Vanildo Cangalha era membro da SAPECAS, tendo participado ativamente de 2009 a 2011 , onde apresentou - se na Antiga Casa dos Poetas, na Rua das Tabocas, tendo posteriormente migrado pra São Paulo SP. De volta a sua terra , entre Sertania, PE e Monteiro PB, em 2019 voltou a fazer parte da SAPECAS, com diversas Apresentações em Vários eventos, pela qual foi indicado pra fazer parte da Antologia Ecos do Nordeste , Livro publicado em Lisboa, Portugal , com um poema de sua autoria.
Ano passado , esteves visitando a Casa dos Poetas, em Sertania PE, já em novo local., onde consta na Parede da Arena da Poesia uma Estrofe escrita por ele Em 2024 , no Projeto Poesia nas ruas, há um Verso de sua autoria, pintado no Muro do Hospital Municipal de Sertania, junto com outros grandes mestres da Poesia: Ulysses Lins, Waldemar Cordeiro e Alcides Lopes de Siqueira.
Poeta espetacular Vanildo Silva, participa das Atividades da SAPECAS Sociedade dos Poetas Escritores, Compositores e Artistas de Sertânia , na Casa dos Poetas e do Cantares da Terra , na Rua Velha, em frente a Casa da Cultura, da Associação Cultural de Sertânia, ACORDES.
Conversando com Deus
Vanildo Silva
Sertânia PE
Quando eu converso com Deus
Eu sinto paz e alegria
Os maus pensamentos meus
Se transforma em boa energia
Eu digo a Deus: “Obrigado!
Por o senhor ter me dado
Este dom da poesia
Eu vejo Deus todo dia
No sol que nasce bem cedo
Na Névoa da serrania
Nos paredões do rochedo
Na brisa da madrugada
No cantar da passarada
Na copa de um arvoredo
Deus tá no próprio segredo
Das noites de lua cheia
Da terra perdendo o medo
Depois que a lua clareia
Deus está nas coisas suspenso
Por sete estrelas suspenso
Lá prá meia-noite e meia.
Deus está no grão de areia
Impossível de contar
Nos pássaros que semeia
Semente prá germinar
Deus tá no cheiro das flores
E na variação de cores
Da flor do maracujá
Eu vejo Deus se mostrar
Até no calor da brasa
No olho dágua que está
Enchendo a cacimba rasa
Eu vejo Deus no camponês
E no ninho que o rouxinol fez
Na Cumeeira da casa
Deus tá no bater da asa
Do sabiá cantador
Na sombra da nossa casa
Na hora que o sol se por
Deus tá na simplicidade
Deus botou velocidade
Na asa de um beija-flor
Deus é pai, Deus é amor,
Deus é a voz da firmeza
É o nosso superior
Luz que continua acesa
No céu estrela é enfeite
E nós somos filhos de leite
Dos seios da natureza.
Deus tá na delicadeza
Do doce mel da abelha
Na maciez e firmeza
Da lã que cobre a ovelha
Deus tá na reta e na curva
Na água pura da chuva
na cumeeira da telha
Deus tá na fruta vermelha
De um mandacaru em pé
Tá na operária abelha
Na fruta do catolé
Nas água da correnteza
Que olha prá natureza
Só não vê Deus que não quer.
Deus tá na cor do guiné
Que confunde os olhos meus
Deus mede o tamanho da fé
Na mente dos filhos seus
Se me vê falando baixinho
Não estou falando sozinho
Estou falando com Deus
Que a memória e a obra de Vanildo Cangalha possa ser preservada e difundida para as atuais e novas gerações.
Sertania, PE, 18 de Junho de 2024.
SAPECAS Sociedade dos Poetas Escritores Compositores e Artistas de Sertania.
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