OS VOOS DO - ASA BRANCA

           Daqui a pouco no dia 29 do mês em curso, o poeta, Geovaldo Godim, mais conhecido como, Asa Branca, estará completando 80 anos de vida. Somos do mesmo signo de leão, sendo que o meu dia é 23, portanto, o primeiro dia de "leão". 

      Asa Branca nasceu em Mauriti, no Ceará onde recebeu o mesmo nome do pai, herdando desta forma, o nome e o poder da palavra improvisada para espalhar essa dádiva divina pelo Brasil afora. Ele viveu no Crato, Ceará, como se fora predestinado a exercer a profissão de poeta passando por vários estágios. Crato, terra do grande jornalista e escritor, Xico Sá e de outro poeta e violonista, radicado em Recife, Allan Sales. 

      Mas,  Asa Branca, nunca parou por aí. Com o seu espírito andarilho, poético, nômade\aventureiro, ainda muito jovem, foi calhar na cidade do Monteiro, no olho do furacão do repente, cariri paraibano, justamente, onde havia a loca de moradia da "Cascavel do Monteiro" a mais tenebrosa do mundo das serpentes: Severino Lourenço da Silva Pinto, o - Pinto do Monteiro:


                  - Mas eu sou como lacrau

                    Que do lixo se aproxima

                    Vivendo da umidade

                    Se alimentando do clima

                    Esperando que um caipora

                    Chegue e bote o pé em cima.


Asa Branca, conviveu bastante com Pinto do Monteiro, que além de colegas,  foram amigos\irmãos. Já aos 9 anos de idade, Asa Branca vendia folheto de feira. Eis o nome mais original e não, cordel. Foram várias as profissões e andanças deste grande artista. De 70 à 84, residiu em São Paulo, a maior mãe sem colo, do Brasil, incluindo os nordestinos. Na luta pela vida, Asa Branca, exerceu várias Profissões que lhes deram sustento no  Império das suas escolhas:   marceneiro, alfaiate, radialista. Cantou com várias feras do repentes. Dentre elas, Zé Faustino e o seu filho, Ivanildo Vilanova, proferiu palestras em Universidades, prestou homenagem ao cantor monteirense, Cicí Filó, sobrinho de Pinto do Monteiro. Cicí Filó, componente da Orquestra Marajoara de Sertânia, do maestro - Francisquinho. 



      No mais, o livro do escritor russo, Máximo Gorki - Minhas Universidades, um relato de profissões populares que ele havia exercido na vida, inclusive, trabalhar e lavar porões de navios, pode - se fazer um comparativo com as profissões, do Senhor, José Geovaldo Godim, com as suas múltiplas profissões exercidas Brasil a dentro! 

      SALVE! SALVE! Asa Branca!


Texto de Ésio Rafael

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ACORDES REALIZA MAIS UM CANTARES DA TERRA NO DIA 05 DE ABRIL COM MÚSICA, TEATRO E POESIA

ACORDES INICIA O PROJETO "MOSTRA DE CINEMA EM DEBATE"

ACORDES APOIANDO O FAASE - Primeiro Festival de Artes e Audiovisual de Sertânia